O livre arbítrio não está no mapa astral

O livre arbítrio não está no mapa astral

O mapa astral nos dá muitas informações e possibilidades, nos diz tudo a respeito da pessoa, de suas potencialidades, dificuldades e benécies, mas o que faz com que estas possibilidades venham a se concretizar da melhor ou pior maneira possível é a escolha pessoal.

O Mapa Astral determina escolhas?

Em anos de experiência na prática da astrologia, estudando casos e mais casos, ainda não encontrei em mapa algum o determinante de como as energias agirão. Explicando melhor, se você analisasse o mapa astral abaixo:

Analisando o mapa acima, caso você seja astrólogo, você saberia definir se esta é  uma pessoa comum, iluminada ou  um serial killer?

Pois bem, este é o mapa do Dalai Lama. Ainda supondo que você não soubesse quem é o dono do mapa, se você analisasse esta Lua peregrina em Virgem, em conjunção com Netuno, que por sua vez tem uma conjunção exata com Lilith e oposição a Saturno, o que você diria a respeito?

Mapa Astral – Fazer o melhor do pior é uma escolha pessoal

É neste ponto que quero chegar: as influências planetárias estão ali, os aspectos estão ali, mas a maneira como você vai lidar com isso é uma decisão inteiramente sua. Tirar o melhor ou pior proveito de qualquer que seja a influência cabe a cada um.

Em um exemplo mais simples: uma pessoa paralítica, um cadeirante, pode se lamentar por sua situação pelo resto da vida e viver uma vida improdutiva, pode optar por explorar a piedade alheia e pedir dinheiro nas ruas, ou fazer o melhor que está ao seu alcance, e apesar de todas as dificuldades impostas pela sua condição física, ser uma pessoa produtiva e realizada.

O que faz o Dalai Lama viver sua vida como a  vive, o que o faz tirar o melhor do pior é o seu livre arbítrio, ele escolheu viver no positivo, escolheu viver a oitava superior do seu mapa.

Da mesma maneira, um mapa com muitos aspectos de facilidades e benécies não necessariamente fará desta pessoa um ser humano especial, equilibrado, nem tampouco iluminado ou bem-sucedido.

Observe o mapa abaixo:

Notem quantos aspectos positivos tem esse mapa, planetas pessoais domiciliados, Marte em Áries, Vênus em Touro, Mercúrio em Gêmeos, Saturno em Capricórnio;  Vênus, regente do ascendente em trígono com Saturno.

Tem aspectos difíceis? Claro, Mercúrio, por exemplo, em quadratura com Plutão e em quincunce com Netuno, pode caracterizar uma mente obsessiva e pouco clara sujeita a julgamentos confusos e nebulosos. Mas quantas pessoas “regulares”, por exemplo, poderiam ter estes aspectos?

O Mapa Astral determina a personalidade, não o caráter

Quem, em sã consciência, olharia este mapa e faria uma afirmação categórica de que este é o mapa de um monstro, um dos maiores serial killer de nossos tempos, que violentou, matou e praticou canibalismo com suas vítimas?

O mapa acima é de Jeffrey Dahmer, um serial killer que foi preso aos 27 anos de idade, tornando-se um dos casos mais atrozes do qual se tem notícia.

Fazer o pior do melhor também é uma escolha pessoal

Entre meus clientes, existe um em particular com o aspecto de Mercúrio quadrado Plutão, que sofre  as dificuldades deste aspecto, é uma pessoa com tendência a pensamentos obsessivos, mas é um cientista brilhante, que usa esta tendência a pensamentos obsessivos para desvendar questões em sua área de atuação. Fazer o melhor do pior é uma escolha e não uma fatalidade.

Olhar o mapa de um ponto de vista fatalista tira do homem a sua capacidade de superação e de evolução.

Ao olharmos o mapa natal como um retrato, um documento fiel de como entramos neste mundo, no momento do nascimento,  os planetas e aspectos, dentro deste contexto nos dão os indícios de como será nossa jornada, nossas facilidades e desafios, para que ao final desta jornada, de nossa vida terrena, façamos a passagem como pessoas melhores, como heróis de nossa jornada pessoal.

Mapa Astral – Uma ferramenta de evolução

A grande missão da astrologia, dentro deste contexto, é a de trazer à luz da consciência aspectos que podem estar no inconsciente, e que se manifestam como fatos recorrentes em nossa vida, ou problemas recorrentes na vida da pessoa até o momento em que se percebe este padrão e faz algo, conscientemente, para mudar.

A grande missão do astrólogo é a de mostrar aos seus clientes, como deixar de viver de maneira robotizada e estereotipada, como deixar de ser um joguete da sorte ou do infortúnio e passar a viver a oitava superior de seu mapa, orquestrando sua própria vida. Promover a catarse necessária através do esclarecimento dos processos pessoais de cada um para a partir deste ponto criar uma possibilidade de evolução pessoal e superação real.