Zohar – A Rosa >> Ambos julgamento e benignidade são partes da alma coletiva judaica.
Dos ensinamentos de Rabbi Shimon bar Yochai; adaptado do Zohar por Peretz Auerbach
“Assim como uma rosa, que se encontra entre os espinhos, tem em si as cores vermelha e branco, também a Assembléia de Israel tem em si ambos julgamento e benignidade.”
“Assim como uma rosa”: Aqui, o Zohar compara a Assembléia de Israel com uma linda rosa. Ela é rodeada por espinhos representando as kelipot (Qliphots) (i.e. os poderes do mal).
Essa raiz nos mundos espirituais produz o estado atual na qual a santidade inata do nosso mundo está oculta pela kelipot.
Nosso serviço a D’us pode ser comparado a um jardineiro que cuida de seu jardim e poda os espinhos…
Nosso serviço a Deus pode ser comparado a um jardineiro que cuida de seu jardim e poda os espinhos.
Apenas com vigília constante contra as ervas daninhas e os espinhos o jardineiro é capaz de manter seu jardim.
Nas nossas tarefas espirituais de jardinagem, nós devemos podar as cascas de cada aspecto da Criação, permitindo a divindade interior floresça em brilhante revelação.
Em uma base pessoal nós devemos constantemente lutar para aperfeiçoar-nos em pensamentos, fala e ação.
E da mesma maneira nós devemos remover as kelipot da maneira como tratamos nosso próximo.
Uma má ação contra Deus, como profanar o Shabbat ou contra nosso próximo, i.e. roubando,cria kelipot, causando uma ocultação da Luz Divina.
Por outro lado, quando alguém se abstém de tais profanações, ele remove a kelipot e causa a revelação da Luz Divina.
“…que se encontra entre os espinhos”: Esta parábola para malchut – sendo rodeada pela kelipot – é mais uma alusão a Shechina em exílio.
Há tempos na história quando a Shechina habita entre nós, por exemplo quando o Templo estava em pé.
Aprender Kabbala nos dá uma força interna para suportar o exílio…
Iniciando com a lição sobre a Shechina em exílio, o Zohar nos diz que aprender Kabbala nos dá força interior para aguentar o exilio. E além disso, este estudo é uma parte integral do remédio.
“…tem em si as cores vermelha e branca”: A Assembléia de Israel corresponde à séfira de malchut.
Este atributo é composto de ambos os poderes de benignidade e julgamento.
Cada pessoa, de acordo com a natureza da raiz da sua alma acima, tenderá em direção de um mais que o outro.
Este é o porquê algumas pessoas são inclinadas a ver o mundo de uma maneira estrita e crítica e outros são inclinados a verem as coisas com benignidade (misericórdia).
“…ambos julgamento e benignidade”.: Nesta declaração, o Zohar introduz a dinâmica esquedo-direito de julgamento e benignidade.
A palavra no texto em Aramaico para “benignidade” é “rachmai” cujo equivalente em Hebraico seria algo como “rachamim”, que sempre quer dizer “misericórdia”.
Entretanto nem toda palavra hebraica tem o seu equivalente exato em Aramaico.
Portanto, esta palavra “rachmai”, dependendo do contexto, pode ser usada para significar tanto “benignidade” quanto “misericórdia”.
Aqui a conotação de “rachmai” é “benignidade”, que está no lado direito da sefirot, oposto ao julgamento, que está no lado esquerdo.
Malchut, aqui representado pela Assembléia de Israel, é uma das sefirot centrais que recebe ambos os lados.
Agora vamos olhar para o significado profundo da comparação entre as cores da rosa por um lado, e os conceitos de julgamento e benignidade dentro da Assembléia de Israel do outro lado.
Se alguém tentar descrever a beleza de uma sinfonia de Beethoven para uma pessoa surda, nunca haverá palavras certas para transmitir o conteúdo emocional.
Tente explicar para a mesma pessoa os conceitos de justiça e julgamento e ela certamente será capaz de alcançar uma compreensão de sua natureza.
A Assembléia de Israel (a Rosa Superior) está dentro do Conceito, e portanto seus atributos são julgamento e benignidade.
A Rosa inferior expressa em malchut a sefira da atualização – e portando da experiência, e seus atributos se expressam como cores.
[Esta série tornou-se a base para a tradução recentemente compilada do Zohar – traduções e comentários de Peretz Auerbach]Shalom!!!
Tradução inédita para o português: Ariel bar’Zlay
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